O Jiu-Jitsu brasileiro é destaque no mundo com atletas que se destacam nas competições. O esporte uma arte marcial de origem asiática, na qual a maioria das fontes apontam sua história baseada no Japão, mas alguns pesquisadores ainda reclamam sua origem na China, sendo inspirada no Shiau Juai.
Apesar da origem oriental, o Jiu-Jitsu é uma das artes marciais mais praticadas no Brasil, tendo sua própria releitura por lutadores brasileiros e estando enraizada na cultura de luta do país.
No âmbito global, o Brasil é uma das maiores referências no Jiu-Jitsu, sendo dono de múltiplos títulos mundiais em diferentes categorias.
É comum encontrar academias dessa arte marcial espalhadas ao redor das diferentes cidades brasileiras.
As técnicas do Jiu-Jitsu são muito usadas por renomados lutadores de MMA brasileiros, como Vitor Belfort, Demian Maia e Rodrigo “Comprido” Medeiros.
Com a evolução das artes marciais, o Jiu-Jitsu também ganhou técnicas inovadoras ao longo de sua história e o Brasil ajudou a construir grande parte disso.
Atualmente, o Brasil é uma das maiores escolas dessa arte milenar e é um dos responsáveis pelo impacto dela em âmbito global.
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Origens e evolução do Jiu-Jitsu no Brasil
Existem várias teorias sobre a origem do Jiu-Jitsu, mas a mais difundida é de que surgiu no Japão, tendo seu ambiente de refino estabelecido nas escolas de Samurai para que eles usassem no momento em que fossem desarmados.
Fato é que a “arte suave”, como é traduzida do japonês ‘jujutsu’, apesar da origem oriental, tem sua popularidade creditada ao Brasil.
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Mitsuyo Maeda, instrutor japonês da escola Kodokan, veio ao Brasil em 1914, chegando à cidade de Belém-PA.
Também conhecido como Conde Koma, seu codinome de lutador, ele desafiava outros lutadores brasileiros, que atuavam em outras filosofias de artes marciais, a fim de demonstrar que o Jiu-Jitsu tinha uma técnica superior de combate.
Carlos Gracie, com 15 anos de idade, resolveu virar aluno de Maeda e, onze anos depois, fundou a primeira escola de Jiu-Jitsu brasileira no Rio de Janeiro (RJ), fazendo dessa arte um instrumento geracional.
Nesse sentido, Hélio Gracie, irmão de Carlos, desenvolveu um dos grandes diferenciais do Jiu-Jitsu praticado no Brasil: a luta no chão.
Hélio acreditava que levar a luta para o chão daria vantagem ao lutador mais fraco e essa descoberta fez com que ele fosse considerado o grande mestre do Jiu-Jitsu no mundo.
Essa filosofia ganhou o mundo, tornando, de uma vez por todas, a modalidade brasileira como a maior corrente dessa arte marcial e popularizando o esporte no Brasil.
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Técnicas distintivas do Jiu-Jitsu brasileiro
Existem mais de 180 técnicas originais do Jiu-Jitsu, sendo que, com suas variações individuais, esse número pode chegar a 1800.
Algumas técnicas foram desenvolvidas no Brasil e, portanto, possuem seus nomes em português, tendo suas origens nas técnicas desenvolvidas no Japão.
Uma das mais conhecidas técnicas é o golpe mortal Mata-Leão, utilizado também no MMA.
Este golpe consiste em enrolar o braço em volta do pescoço com o lutador por trás do oponente, usando o outro braço para pressionar a cabeça do oponente contra o braço dominante do lutador.
Essa técnica suprime a artéria coronária e faz com que o atleta perca oxigênio no cérebro, podendo levar à morte em caso de não-desistência e levando a desmaios em muitos casos.
Confira uma tabela de técnicas relacionadas que foram adaptadas ao Brasil:
| Técnicas brasileiras | Técnicas originais |
| Armlock | Ude Hishigi Juji Gatame |
| Mata-leão | Hadaka jime |
| Triângulo | Sankaku Juji Jime |
| Chave Kimura | Gyaku Ude Garami |
| Americana | Ude Garami |
| Ezequiel | Sode Guruma Jime |
| Relógio | Koshi Jime |
| Baiana | Morote Gari |
| Omoplata | Ashi Garami |
| Guilhotina | Tate Hishigi |
| Guilhotina na Guarda | Gyaku Hishigi |
| Tesoura | Kani Basami |
| Chave de Pé | Ashi Dori Garami |
| Gogoplata | Kakato Jime |
Outro grande golpe utilizado no Jiu-Jitsu que também foi aderido ao MMA é o armlock, que consiste num jogo de chão no qual o lutador põe um dos braços de seu oponente entre suas pernas.
O lutador então utiliza a mão para jogar o osso do antebraço contra a própria perna, o que pode levar à fissura deste osso em caso de não-desistência.
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Grandes lutadores e suas contribuições
O Jiu-Jitsu brasileiro, ou BJJ (sigla para Brazilian Jiu-Jitsu), tem sua origem na família Gracie e, portanto, os grandes nomes dessa família ajudaram no desenvolvimento da modalidade no Brasil.
Além dos supracitados Carlos e Hélio Gracie, este último tendo contribuído para a luta no chão, Royce Gracie é também considerado um dos maiores lutadores de Jiu-Jitsu no mundo.
Royce Gracie
Ele usou sua técnica para derrotar adversários fisicamente mais fortes, levando-os para o chão.
Royce ajudou a popularizar o Gracie Jiu-Jitsu, outro nome pelo qual é conhecida a modalidade brasileira da arte marcial.
Entre 1993 e 1994, quando venceu o UFC 1, 2 e 4 num torneio aberto mata-mata, Royce Gracie enfrentou adversários de outras diversas escolas de artes marciais, o que fez com que mais lutadores conhecessem o Jiu-Jitsu brasileiro.
Fábio Gurgel, o “General”
Também na década de 1990, Fábio “General” Gurgel foi tetra campeão mundial de Jiu-Jitsu e co-fundou a Alliance Jiu-Jitsu, uma das maiores escolas da modalidade no mundo.
A escola continua aberta nos dias de hoje e segue formando grandes atletas do BJJ, exportando talentos ao redor do mundo e contribuindo para o avanço do esporte de forma contínua.
Marcelo Garcia
Também conhecido como “Marcelinho”, Marcelo Garcia é, definitivamente, uma lenda do Jiu-Jitsu brasileiro.
Por sua estatura ser mais baixa do que o usual, o atleta é perfeito para a filosofia Gracie que vê no jogo de chão uma vantagem ao adversário usualmente mais fraco.
Portanto, desenvolveu suas técnicas baseadas em sua modesta estatura e tornou-se um dos lutadores mais respeitados do esporte.
Conhecido por seu jogo de guarda agressivo, desenvolveu e popularizou o golpe “Guilhotina Marcelotine”, sendo essa uma variação da Guilhotina tradicional.
Marcelo é pentacampeão mundial de Jiu-Jitsu e sua influência na modalidade é palpável.
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Bruno Malfacine
Decacampeão mundial de Jiu-Jitsu no peso galo, um recorde absoluto na categoria, Bruno Malfacine é uma das maiores referências do esporte no mundo.
Sinônimo de dominância, dinâmica e rapidez, sua técnica impecável faz com que ele seja uma fonte de inspiração para os praticantes do Jiu-Jitsu mundo afora.
Combinando estratégia e habilidade a um estilo vencedor, Malfacine extrapolou a influência nacional e é um símbolo de referência mundial das artes marciais no geral.
Outros atletas
O BJJ desenvolveu diversos atletas que impactaram a luta ao redor do mundo.
Além das quatro lendas citadas acima, Vitor “Shaolin” Ribeiro, “Robinho” Moura, Leandro Lo, Marcus Almeida “Buchecha”, Rodolfo Vieira, Ronaldo “Jacaré”, “Pé de Pano”, Fernando “Margarida” Pontes, Wallid Ismail, Roberto “Roleta” são outros nomes que construíram o que o esporte é hoje.
O Jiu-Jitsu brasileiro segue sendo a corrente mais vencedora do esporte no mundo.
Técnica em comunicação, jornalista e especialista em Marketing e Mídias Digitais. Experiência em assessoria de comunicação e imprensa. A redatora do Mr.Jack. Nunca apresentou o Globo Esporte ou Esporte Espetacular, mas está sempre em busca dos melhores conteúdos para te deixar bem-informado por aqui.
