Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), decidiu concorrer à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), informando a decisão a aliados e eleitores. A candidatura ocorre no contexto da inocupação do cargo, seguida da destituição de Ednaldo Rodrigues por decisão judicial.
Inicialmente aliado a Ednaldo, Reinaldo optou por uma campanha independente, após observar a aproximação de Ednaldo com Gustavo Feijó, ex-vice-presidente da CBF. O candidato conta com forte apoio de dois grupos de dirigentes, os clubes paulistas da Libra e os membros do Forte Futebol. Contudo, Reinaldo busca ampliar suas alianças, especialmente entre as federações estaduais, que têm maior peso no processo eleitoral da CBF.
O que o candidato precisa
Nas atuais regras eleitorais da CBF, as federações estaduais possuem maior influência, com 81 votos. Enquanto isso, clubes da Série A e B têm, respectivamente, peso dois e um, somando até 60 votos. Para registrar sua candidatura, Reinaldo necessita do apoio de ao menos cinco clubes e oito federações estaduais.
A situação na CBF é complexa. Após a destituição de Ednaldo Rodrigues, José Perdiz, então presidente do STJD, foi nomeado interventor pela Justiça. Ficou com a tarefa de organizar eleições em até 30 dias úteis.
Contudo, a Fifa e a Conmebol não reconhecem Perdiz, citando o artigo 64 dos estatutos da CBF, que designa o diretor mais velho, Hélio Santos Menezes, como interino em caso de inocupação. As entidades internacionais planejam enviar uma comitiva ao Brasil em janeiro e solicitaram que nenhuma eleição ocorra antes de sua visita.
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